“A passagem do Ciclone Idai por Moçambique teve consequências dramáticas para as pessoas e para o território, às quais que ninguém pode ficar indiferente. Naturalmente que, quando as imagens nos chegam, os sentimentos humanos mais nobres vêm ao de cima, impelindo o desejo de ajudar. Como sempre acontece nestas circunstâncias, os oeirenses têm procurado o Município, para saber de que forma podem participar no auxílio. Estamos efetivamente perante uma tragédia de proporções ainda por calcular, a que devemos acudir de modo efetivo e eficiente, recorrendo a quem sabe e tem meios para o fazer.
O Município tem estado, desde o primeiro minuto, em contacto com as empresas e as organizações da sociedade civil do Concelho. Perante a gravidade do momento, há dois tempos essenciais. No primeiro, relativo a ajuda de emergência, deve ser praticada filantropia pragmática, fazendo chegar ajuda às populações necessitadas. O Município irá aprovar nesta fase uma série de apoios, em múltiplas vertentes, procurando ir ao encontro das necessidades no terreno e das iniciativas dos nossos munícipes.
1. A partir de hoje (1 de abril), estará disponível uma conta bancária, cujos dados divulgaremos, e que recolherá fundos para enviar para a Arquidiocese da Beira (o Município de Oeiras realizará um primeiro depósito no valor de 10 mil euros). Esta recolha de fundos durará até ao dia 30 de abril. Após este período, todo o valor será enviado para ajudar à reconstrução local.
2. Será proposta, na próxima sessão do Executivo Municipal (3 de abril), a aprovação de um subsídio de 10 mil euros para a reconstrução das instalações da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, em Sofala. Sem as instalações recuperadas, esta congregação, que tem sede no Concelho de Oeiras e que trabalha nos setores da saúde e da ação social em Moçambique, não pode acudir a quem necessita.
3. Ainda em colaboração com a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, serão disponibilizados pontos de recolha de alimentos (conservas, arroz, massas, farinha, feijão e leite em pó), vestuário infantil e de adulto, roupas de cama e toalhas, produtos de higiene (sabão e sabonetes) e desinfetantes para a água, nos seguintes locais:
• Paços do Concelho;
• Edifício Atrium;
• Oficinas Municipais de Vila Fria;
• Instalações das Uniões e Juntas de Freguesia;
• Quartéis das corporações de bombeiros.
4. Em colaboração com a Apifarma, vamos adquirir os medicamentos considerados urgentes para os próximos meses.
5. Nesta fase, o Município está disponível para aprovar apoios num total de 100 mil euros, a que acrescerá o apoio recolhido junto dos munícipes.
6. Num segundo momento, o Município disponibilizará os meios técnicos e tecnológicos que tem na empresa Municípia E.M. SA, os quais estão em Moçambique a realizar trabalhos de cadastro na Província de Nampula.
A Municípia poderá desempenhar um importante papel na realização da cartografia de que as autoridades da Província da Sofala e da República de Moçambique necessitarão para proceder à reconstrução dos territórios ora afetados. Nessa fase, trabalharemos com as autoridades municipais e provinciais, em termos a definir e em função das necessidades.
A ajuda que iremos disponibilizar procura que todo o nosso esforço de solidariedade, do Município e dos munícipes, chegue a quem dela no terreno necessita.
Toda a ajuda será bem-vinda e bem empregue.”